segunda-feira, 29 de junho de 2009


Sufoca a dor,
Suspira a vida,
Como dói,
Doida saudade.

A morte rápida,
Só rouba a vida,
A vida lenta,
Sufoca a morte
A vida dói,
Como dói viver assim!

Sufoca a dor,
Esquece o amor,
A morte rápida
Só rouba a vida.

Sufoca o grito,
O passo rápido
O riso ríspido.

Sufoca a dor,
Emudece a voz,
Para, paralisa
Feche os olhos,
Dança duendes,
A imagem torce,
A voz distorce.
O passado volta,
Passado a limpo,
Estás tão presente!
17/05/2004. ggiménez
Tenho a alma inquieta,
Vestida de cigana vai.
Não sei onde me leva,
Buscando o incógnito vou,
Encontro gavetas vazias.
Pedaços de mim, de ti, de todos nós,
Entre nós desatados,
Emaranham-se presente e passado.
Que procura obscura é esta
Que em absurda quietude se encontram..
09/02/2005 Ggiménez.

domingo, 28 de junho de 2009

Não tem preço! Tarde de sábado. Cinzento sábado. Sinto frio. Talvez o frio que sinto seja apenas meus temores, medo do incógnito, da surpresa ainda não desvendada. Tarde de sábado, ônibus, trem ambos cansados das indas e vindas de toda a semana, mais uma viagem, apenas mais uma.
O trem corre veloz ou será apenas as batidas cardíacas que teimam em acelerar? Cada estação, tudo igual, passageiros apressados, uns entram, outros saem, boiadas humanas, apenas as fisionomias terrivelmente humanas mudam a cada parada e o trem retoma seu trajeto preso as linhas do seu destino, de quando em vez acordado pela voz morna de alguém que anuncia a chegada de uma nova estação. Sinal de bons ventos? De bons tempos?
Noite criança, e o friozinho encontra pouso no meu rosto, o vai e vem de seres apressados desperta-me, encolho-me um pouco mais, mãos nervosas procuram consolo no bolso do casaco pedindo forças de seguir adiante. Finalmente, os passos hesitantes seguem agora com seguros toc-toc pelas ruas perdendo-se entre os transeuntes. Paro, respiro fundo, olho para cima o letreiro marca meu ponto de chegada, cá estou eu frente ao "MAOMÉ". Entro devagar, já estou sendo esperada, todos cá, maravilha! Gostoso conhecer a Ivanez, o José, encontrar o Henry, abraçar a Henriqueta ( que pessoa linda!), travar amizade com pessoas que no turbilhão de abraços e beijos fugiram-me os nomes. Delícias do Maomé entreverado com o bate-papo, chá de canela, chocolate quente saboreado com a torta de limão, hummm, arrematado com a insubstituível Marta Rocha, quem sabe? Passaria desapercebido como um encontro entre amigos nada mais se.. (Ah! o se, quanto mistério envolve o se... quanta esperança depositada em si, e são apenas duas letrinhas, tão pequeninas...)
Nada mais se... as luzes não se apagassem e a chama de uma diminuta velinha não se agigantasse na penumbra e o símbolo da luz etérea com sua coloração vermelho-dourado não tocasse os corações fazendo-nos celebrar a nossa bela maturidade. E assim, na noite fria de sábado, no cálido aconchego dos velhos amigos, dos amigos recentes ouviu-se as vozes em mandarim, português, espanhol, francês, italiano o Parabéns pra você (Parabéns para nós), dessa maneira fica o registro cantado nos vários idiomas porque assim se faz saber que o ser humano é UM, e que idiomas diversos já não são muros mas pontes, fazendo-nos acreditar nos seres que somos, na possibilidade da convivência pacífica e harmoniosa entre os povos, pois a nossa essencia é uno. Almas é o que somos, filhos do Pai e da Mãe Oceanos de doçura e de sabedoria Suprema.
Tomo a rua, o vento gelado das horas já nao é suficiente para sentir frio. Suavemente Henriqueta toma-me pelo braço, calmamente atravessamos a imensa avenida à nossa frente, Porto Alegre popula, a juventude fervilha ao nosso redor. Desnudo a noite. Não tem preço!

domingo, 21 de junho de 2009

Hay días que uno se siente solo entre millares de seres.
Los rostros que te miran, son como máscaras de blanco papel, los ojos que te fijan nada más que el negro abujero de la madre muerte. Hay días que la risa no se hace oír, apenas pozos sin expresión. Solamente... hay veces...
Te encuentras uno más entre millares, y querrías en días claros, no ser uno más, mas UNO entre tropiezos, desafíos, muerte y vida. Vida viva.
Mejor volver, ¡mejor volver!
¿Qué tal? ¿Cómo me cae esta sonrisa?





Primavera,
Luna y Tierra
Jamás se encuentran.
Silenciosas, serenas.
Primavera, Otoño,
Suaves colores,

Tan solo olores.
Alfa y Beta
Envueltas en misterios.
Eternamente Unísonas.
Oye los pájaros, oye el viento
La lluvia, ruidos sagrados.
El pensamiento vuela,
Las palabras callan.
El amor queda,
¡Primavera!


ggiménez

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dia cinzento,
sigo teus passos...
uma garoa teima
mansa...quase imperceptível,
já não te encontro.
a suave brisa,
as folhas de outono...
dizem adeus...
o pensamento inquieto...
a natureza inicia sua dança...
o piar dos pássaros,
o voo rasante do bem-te-vi,
o arrulhar dos pombos,
o beijo do vento...
tudo chora,
o tempo...
o inexorável tempo
bate que bate tic-tac!
a natureza... me consola
É inverno!

"A vida sem poesia é apenas passagem."


Um pouco de mim

Não posso de deixar de ser sonhadora, voo rápido demais para muito longe! Gosto do gosto de sentir a brisa tocar no meu rosto nesse voo às vezes alto, quase tocando o céu,às vezes razante a ponto de me esfolar quase que todinha! Não tenho paradas. A imaginação é o que mais me faz ser quem eu sou, sentir o que sou, acreditar o que sou e ao acreditar, acredito que os seres humanos ainda irão perceber que bela moradia é Gaia e que cuidarão desta nossa casa como o domus mais belo e precioso que possuímos. Acredito num Pai Supremo que nutre, que abençoa que nos tem como seus mais belos filhos, mas que estes se perderam nos caminhos da vida pela arrogância, pela ganância e pelo sentimento mais negro chamado ódio. Acredito que somos seres divinos e que possuímos conserto, pois somos qual diamante ainda não lapidados somente que ainda não sabemos quão belo somos. Há de se fazer a descoberta...
Acredito no amor, de todas as formas de amor e de amar e isso me faz ser romântica, sonhadora, apaixonada pela vida, pelos meus amores, pelos meus sonhos e sufocantes desvaneios...