segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

ENTREGA.

Amazonas montado em Pégasus,
Pensamento resgate do tempo,
Noite, silêncio, estrela companheira.
Suave enlevo, picardia pura.
Que bem faz a presença tua.
Que magia encerra essa voz macia.
Passado, presente tecendo suas redes.
Pulsa a vida, sinuosa morte,
Almas entregues, utopias desvairadas.
Vênus, Marte desaguando em Gaia.
Lua prateada, verdes mares,
Noite, liberdade!
Flora, fauna, pirilampos bailantes,
Cadeias douradas no raiar do dia,
Orvalho de março, plátanos de outono,
Finita a noite, finita o tempo,
Tênue a vida, suave os lábios,
Suave a vida, suaves abraços.
Publicado no Recanto das Letras em 07/12/2009
Código do texto: T1965936

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

QUERO

Quero
...que a razão
E a emoção
Unam-se num só
Sentimento.

...que o corpo
Torne-se sublime
E serene num só
Compasso.

Que preencha-se
A alma e transborde
Em plena
Serenidade.

Que encontrem-se
Passado, Presente e
Futuro
e completem-se
Integralmente.

Alma e Corpo,
Razão e Emoção,
Explodam e
Eternizem-se no
Firmamento.

SAUDADES

Hoje morrerei.
Com minhas saudades senis.
Ouvindo a chuva que molha,
Os fantasmas que relutam em ficar lá fora.
Hoje esperarei,
No compasso das horas,
Que morfeu venha e,
Carregue-me em seus doces braços.
Hoje morrerei,
Na oração do Pai Nosso e da Ave-Maria.
Mas...
Antes repassarei minha primavera,
Saciarei meus verões,
Pisarei em folhas outonais e
Descansarei na mortalha fria
Deste inverno que suavemente
Envolve-me, seduz-me,
E mata-me de saudade!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Triste despertar
Das andorinhas.
Que voam sozinhas,
Para o verão desfrutar.

Foi-se a primavera,
E com o olhar ao horizonte
Qual peregrino errante
Não para de indagar: Quem dera?

E os companheiros,
De longos voos de verões,
Alçaram voos felizes.
Só quem quebrou a asa ficou.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Incondicional

Amo-te para que sejas livre.
Amo-te no calor do sol,
No canto dos pássaros,
Na beleza da neve,
Qual estrela cadente,
Na pureza do amor celeste,
Com a doçura dos anjos,
Em noites de lua crescente.
Amo-te incondicionalmente.
Amo-te sentindo a tua essência,
Porque és pedra bruta,
Perfeita como diamante.
Amo-te com o respeito da natureza,
Com a força dos ventos,
Qual leão feroz, força selvagem,
Qual cordeiro humilde, doação sublime.
Amo-te criatura das minhas entranhas,
Terra-mãe a parir seus filhos,
Para o mundo, para a vida!
Amo-te no desconhecido cosmos, energia pura.
Amo-te no marulhar das ondas,
Na areia cálida, espera serena.
Amo-te na renovação da vida,
Com alma radiante,
Verdade e o coração em paz divina.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Esse calor abrasante que abraça e amofina,
Esse frio intenso, que te deixa rouco, louco, e te quebra'lma,
E essa tromba dágua que molha a janela, entorpece a mente.
Essa suave e cálida brisa que balança as folhas, lentamente,
pra dizer adeus.
Estações de paradas bruscas e de saudades ternas.
E no embarque e desembarque o despertar de tristes quimeras.
Estações que trazem primavera florida, e um sorriso pueril,
Verões de areia, onde o mar acaricia e a pele morena serpenteia em promessas mil.
Serei o outono em alamedas sépias de telúricos plátanos,
Ou implácavel inverno, esteio dos meus anseios, solitário acalento em minhas noites senil.
Este olhar de espanto ao cruzar frente ao espelho do tempo que não se deixa enganar.
ggimenez/ 31/08/09

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Lorca y yo

Verde que te quiero verde.”
Decía el poeta enamorado.
Verde tus ojos, que no me miran
Verde el alma que suplica y llora.
Verde la mar inmenso y silencioso
Verde el bosque, misterioso verde.

“Verde que te quiero verde.”
El poeta sonámbulo suspira.
Verde la angustia en mis entrañas
En el más recóndito del alma mía.

Verde la sombra de la noche oscura.
Verde la luna celosa y solitaria.

Y el poeta en su íntimo grita:
“verde que te quiero verde”
Verde, sueño, infinita soledad mía!
19/04/07

Sobre quererte

Déjame quererte...
Así como el viento ama los
árboles.
Así como el sol ama las
montañas.
Déjame tenerte...
como el océano que se acuesta con la
arena.
Como los pájaros que se
acarician con su libertad.
Déjame sentirte…
Como la tierra siente
la lluvia.
Como las hojas sienten
la suave brisa.
Déjame quererte.
Como el cielo quiere las
estrellas.

Pero no me dejes que sea la
luna,
no quieras ser el sol.
No quieras ser la noche

pues no soportaría ser el
día.
Seamos la Luna y el
Firmamento.
El Sol que acaricia la
Tierra.
La Noche y la oscuridad
Misteriosa.
El Día que a todos descubre y
evidencia.
Pero ante todo, ante Dios y los
hombres,
solo
Déjame quererte.
02/02/04

quarta-feira, 22 de julho de 2009

A canção passa
Dia suave dança
A vida
corre mansa
O pensamento, ondas vagas
Corre à toa, cala!
qual
andorinha perdida,
para!
vôo
solitário, no horizonte, céu azul.
.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Quererte es un peligro.
Pero... ¡quédate conmigo!
Regálame una canción
Y en silencio te amaré
Échame una sonrisa,
Mírame con picardía
Háblame con dulzura
Y en silencio te amaré
Oír tu voz , mirar tus ojos
Y en silencio…¡quédate conmigo!
Regálame una canción.
18/06/02
…………………………………

quarta-feira, 8 de julho de 2009


21/06/03

Olho através da vidraça
A chuva começa sua dança
Beija o solo. Mansa
O verde cede.
As árvores riem, sorriem assanhadas
As folhas candidamente gemem
Cada gotícula sorvem, tremem
A solitude , o prazer paira
O vento na chuva tresloucado baila
Cada folha como corpos
Cada caule como abraço
Cada gota, beijo úmido
Carícia como único
Percorrendo o Uni Verso
Na janela
Assim estou eu
Calidamente acariciada
Pelo vento...pela chuva...
Roubo um pouco o cenário..
A natureza...
Propiciada...
Átomos, corpos...
Cosmos...

21/06/03.

julho/2009

A verdade crua
A realidade nua
o frio da madrugada
veste negro
nada fica.
nada.
se dormes em teu doce leito
doce e nua,
a lua te faz amada
a realidade é ouro de tolo
fascina, prende,
te envolve de lodo!
2007

segunda-feira, 29 de junho de 2009


Sufoca a dor,
Suspira a vida,
Como dói,
Doida saudade.

A morte rápida,
Só rouba a vida,
A vida lenta,
Sufoca a morte
A vida dói,
Como dói viver assim!

Sufoca a dor,
Esquece o amor,
A morte rápida
Só rouba a vida.

Sufoca o grito,
O passo rápido
O riso ríspido.

Sufoca a dor,
Emudece a voz,
Para, paralisa
Feche os olhos,
Dança duendes,
A imagem torce,
A voz distorce.
O passado volta,
Passado a limpo,
Estás tão presente!
17/05/2004. ggiménez
Tenho a alma inquieta,
Vestida de cigana vai.
Não sei onde me leva,
Buscando o incógnito vou,
Encontro gavetas vazias.
Pedaços de mim, de ti, de todos nós,
Entre nós desatados,
Emaranham-se presente e passado.
Que procura obscura é esta
Que em absurda quietude se encontram..
09/02/2005 Ggiménez.

domingo, 28 de junho de 2009

Não tem preço! Tarde de sábado. Cinzento sábado. Sinto frio. Talvez o frio que sinto seja apenas meus temores, medo do incógnito, da surpresa ainda não desvendada. Tarde de sábado, ônibus, trem ambos cansados das indas e vindas de toda a semana, mais uma viagem, apenas mais uma.
O trem corre veloz ou será apenas as batidas cardíacas que teimam em acelerar? Cada estação, tudo igual, passageiros apressados, uns entram, outros saem, boiadas humanas, apenas as fisionomias terrivelmente humanas mudam a cada parada e o trem retoma seu trajeto preso as linhas do seu destino, de quando em vez acordado pela voz morna de alguém que anuncia a chegada de uma nova estação. Sinal de bons ventos? De bons tempos?
Noite criança, e o friozinho encontra pouso no meu rosto, o vai e vem de seres apressados desperta-me, encolho-me um pouco mais, mãos nervosas procuram consolo no bolso do casaco pedindo forças de seguir adiante. Finalmente, os passos hesitantes seguem agora com seguros toc-toc pelas ruas perdendo-se entre os transeuntes. Paro, respiro fundo, olho para cima o letreiro marca meu ponto de chegada, cá estou eu frente ao "MAOMÉ". Entro devagar, já estou sendo esperada, todos cá, maravilha! Gostoso conhecer a Ivanez, o José, encontrar o Henry, abraçar a Henriqueta ( que pessoa linda!), travar amizade com pessoas que no turbilhão de abraços e beijos fugiram-me os nomes. Delícias do Maomé entreverado com o bate-papo, chá de canela, chocolate quente saboreado com a torta de limão, hummm, arrematado com a insubstituível Marta Rocha, quem sabe? Passaria desapercebido como um encontro entre amigos nada mais se.. (Ah! o se, quanto mistério envolve o se... quanta esperança depositada em si, e são apenas duas letrinhas, tão pequeninas...)
Nada mais se... as luzes não se apagassem e a chama de uma diminuta velinha não se agigantasse na penumbra e o símbolo da luz etérea com sua coloração vermelho-dourado não tocasse os corações fazendo-nos celebrar a nossa bela maturidade. E assim, na noite fria de sábado, no cálido aconchego dos velhos amigos, dos amigos recentes ouviu-se as vozes em mandarim, português, espanhol, francês, italiano o Parabéns pra você (Parabéns para nós), dessa maneira fica o registro cantado nos vários idiomas porque assim se faz saber que o ser humano é UM, e que idiomas diversos já não são muros mas pontes, fazendo-nos acreditar nos seres que somos, na possibilidade da convivência pacífica e harmoniosa entre os povos, pois a nossa essencia é uno. Almas é o que somos, filhos do Pai e da Mãe Oceanos de doçura e de sabedoria Suprema.
Tomo a rua, o vento gelado das horas já nao é suficiente para sentir frio. Suavemente Henriqueta toma-me pelo braço, calmamente atravessamos a imensa avenida à nossa frente, Porto Alegre popula, a juventude fervilha ao nosso redor. Desnudo a noite. Não tem preço!

domingo, 21 de junho de 2009

Hay días que uno se siente solo entre millares de seres.
Los rostros que te miran, son como máscaras de blanco papel, los ojos que te fijan nada más que el negro abujero de la madre muerte. Hay días que la risa no se hace oír, apenas pozos sin expresión. Solamente... hay veces...
Te encuentras uno más entre millares, y querrías en días claros, no ser uno más, mas UNO entre tropiezos, desafíos, muerte y vida. Vida viva.
Mejor volver, ¡mejor volver!
¿Qué tal? ¿Cómo me cae esta sonrisa?





Primavera,
Luna y Tierra
Jamás se encuentran.
Silenciosas, serenas.
Primavera, Otoño,
Suaves colores,

Tan solo olores.
Alfa y Beta
Envueltas en misterios.
Eternamente Unísonas.
Oye los pájaros, oye el viento
La lluvia, ruidos sagrados.
El pensamiento vuela,
Las palabras callan.
El amor queda,
¡Primavera!


ggiménez

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Dia cinzento,
sigo teus passos...
uma garoa teima
mansa...quase imperceptível,
já não te encontro.
a suave brisa,
as folhas de outono...
dizem adeus...
o pensamento inquieto...
a natureza inicia sua dança...
o piar dos pássaros,
o voo rasante do bem-te-vi,
o arrulhar dos pombos,
o beijo do vento...
tudo chora,
o tempo...
o inexorável tempo
bate que bate tic-tac!
a natureza... me consola
É inverno!

"A vida sem poesia é apenas passagem."


Um pouco de mim

Não posso de deixar de ser sonhadora, voo rápido demais para muito longe! Gosto do gosto de sentir a brisa tocar no meu rosto nesse voo às vezes alto, quase tocando o céu,às vezes razante a ponto de me esfolar quase que todinha! Não tenho paradas. A imaginação é o que mais me faz ser quem eu sou, sentir o que sou, acreditar o que sou e ao acreditar, acredito que os seres humanos ainda irão perceber que bela moradia é Gaia e que cuidarão desta nossa casa como o domus mais belo e precioso que possuímos. Acredito num Pai Supremo que nutre, que abençoa que nos tem como seus mais belos filhos, mas que estes se perderam nos caminhos da vida pela arrogância, pela ganância e pelo sentimento mais negro chamado ódio. Acredito que somos seres divinos e que possuímos conserto, pois somos qual diamante ainda não lapidados somente que ainda não sabemos quão belo somos. Há de se fazer a descoberta...
Acredito no amor, de todas as formas de amor e de amar e isso me faz ser romântica, sonhadora, apaixonada pela vida, pelos meus amores, pelos meus sonhos e sufocantes desvaneios...

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Este é o meu blog -feito a quatro mãos

Mayara menina
Mayara sapeca
aqui na minha casa
pedindo colinho
olinhos brilhantes, sorriso maroto
Feliz e contente,
amando a vida
pois sabe que a vida
tem nome: Ricardo.