segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Esse calor abrasante que abraça e amofina,
Esse frio intenso, que te deixa rouco, louco, e te quebra'lma,
E essa tromba dágua que molha a janela, entorpece a mente.
Essa suave e cálida brisa que balança as folhas, lentamente,
pra dizer adeus.
Estações de paradas bruscas e de saudades ternas.
E no embarque e desembarque o despertar de tristes quimeras.
Estações que trazem primavera florida, e um sorriso pueril,
Verões de areia, onde o mar acaricia e a pele morena serpenteia em promessas mil.
Serei o outono em alamedas sépias de telúricos plátanos,
Ou implácavel inverno, esteio dos meus anseios, solitário acalento em minhas noites senil.
Este olhar de espanto ao cruzar frente ao espelho do tempo que não se deixa enganar.
ggimenez/ 31/08/09

2 comentários:

  1. Gládis,
    lindo,lindo...o final é esplendoroso. Estamos no meio de uma tormenta de estações...é verdade,perdemo-nos no tempo, e com o tempo passando nos perdemos em frente ao espelho também.A-do-rei!

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  2. Gládis, retribuo sua visita. Gostei muito do texto: denso com são as nossas estações. Abraços, Pedro.

    ps: por acaso conhece o Jaci Ribeiro, poeta residente em São Leopoldo?

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